Afinal de contas, o que é o Bitcoin?


    Você pode ter pesquisado antes e entendido que Bitcoin se trata de uma moeda virtual lançada no início de 2009, que funciona sem a sombra de entidades centrais ou reguladoras. Sim, isso procede! mas permita-me apresentar a proposta raiz dessa loucura toda que está fazendo você ficar cada vez mais perdido.

    Mais do que uma simples moeda virtual, o Bitcoin é um sistema de pagamentos descentralizado á prova de censura, ou seja, um protocolo que mesmo sem a existência de um administrador, consegue manter a resiliência das regras, independente de ataques de empresas, instituições bancárias, cidades ou países. Ao contrário do que a maioria pensa, o Bitcoin não nasceu com o propósito de ser um investimento especulativo, tão pouco teve preço incial pré-determinado.

    Membro dos cypherpunks, grupo de criptógrafos anárquicos que buscava na criptografia uma forma de obter a real soberania individual, a ideia por trás do criador do Bitcoin (a quem atendeu pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto) era de criar um sistema monetário P2P (ou Ponto-a-Ponto) onde a pessoa A consegue enviar qualquer quantia para a pessoa B sem precisar creditar confiança na participação de uma terceira pessoa.

Tal maravilha tecnológica foi imaginada por Milton Friedman, ainda na década de 90:


Você pode se perguntar agora: "Ok... mas onde está a vantagem em um sistema monetário descentralizado?"
 

    A descentralização de um sistema monetário resgata a verdadeira essência jusnaturalista de liberdade individual, uma vez que ninguém, nem mesmo os governos, podem decidir como ou com quem você faz trocas voluntárias. Acredito que concordamos que o cenário econômico atual do nosso país está indo de mal a pior, mas não chegamos (ainda) aos patamares da hiperinflação dos anos 80, onde seus pais precisaram lidar com o aumento diário dos preços de produtos e o confisco do Plano Collor, onde a poupança de todas as pessoas foram trancadas, numa tentativa desesperada do Ministério da Economia de deter a hiperinflação. O evento pegou muita gente de surpresa e levou pessoas a cometerem suicídio. Hoje, com o Bitcoin, tal evento não surtiria efeito aos usuários da rede.

    Em países como Argentina, Venezuela ou Cuba, o governo obriga a população a permanecer na moeda local limitando a compra de dólar. Com desvalorização de 2 dígitos por mês, a população vira refém de medidas populistas dos ditadores, que a impedem de economizar dinheiro e se planejar para o médio ou longo prazo. Muitos estão encontrando no Bitcoin uma maneira de preservar valor frente a inflação, bem como uma ótima forma de enviar remessas ao exterior, principalmente quem trabalha fora do país e precisa ajudar a família que ficou na terra natal.

    Acima de qualquer definição de "investimento" ou "especulação", o Bitcoin funciona como vetor da liberdade e soberania. Você está começando a estudar e se aprofundar sobre a arma mais poderosa contra violência e opressão social, e a descoberta que pode levar a humanidade para um outro padrão social. O Padrão Bitcoin.


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